Fúria Perversa

Na estrada para a cidadela Felbarr, os aventureiros salvam mercantes de um ataque de bárbaros Uthgardt da tribo dos Pôneis Celestes (Sky Pony). Ficam sabendo que mercantes anões da região têm sido atacados frequentemente por membros dessa tribo, o que Felbarr não irá tolerar por muito tempo. São bem-falados pelos anões de Lowveins e da caravana e assim conseguem das autoridades recompensa e menos desconfiança.

Os aventureiros se oferecem para ajudar a verificar a situação das vilas da região, que podem estar com problemas desde a Noite Sem Luz. Assim, seguem para outra vila mineradora, esta ao oeste entre a montanha e o rio, Mineflow. No caminho, são atacados por uma mantícora, que quase derruba Hansdall.

Chegando em Mineflow, não vêem problemas de imediato, mas percebem algo sutilmente errado. Acabam descobrindo que bárbaros renegados dos Pôneis Celestes estavam mantendo a vila sob seu jugo. Os bárbaros são derrotados facilmente, com exceção do seu líder, que estranhamente revela-se dotado de poderes arcanos e de metamorfose. Hansdall, Khryse, Miidort, Raargh, Talindra, Tirter e Trevor enfrentam bravamente a batalha mais terrível até este ponto de suas carreiras. Por muito tempo, o inimigo aparenta ser invencível. Após sofrer duas bolas de fogo, Khryse e Trevor tentam manter o grupo vivo enquanto os demais tentam derrubar o inimigo; Miidort consegue alguma coisa combinando mão espectral com toque corrosivo mas as flechas de Raargh, Talindra e até Tirter se revelam inúteis contra as defesas mágicas do inimigo alado, que incessantemente tenta drenar suas vidas combinando sua magia mão espectral com sua varinha de toque vampírico. Por um tempo, conseguem evitar agilmente os ataques, mas um toque consegue roubar toda a vida de Talindra, que tomba. Eventualmente Tirter consegue atirar uma flecha fulminante, e o inimigo tomba.

A criatura reverte à sua forma original, antes desconhecida, e Hansdall a identifica: trata-se de um malaugrym, uma raça também conhecida como mestres-das-sombras; são os perfeitos metamorfos, criaturas de grande vilania que atacam do Plano das Sombras. Interrogando um dos bárbaros sobreviventes, Raargh deduz que a criatura surgiu na Noite Sem Luz e personificou o bárbaro Valford, que levou o bando à pilhagem da vila. Descobre também que Valford era subordinado a Wolmad, bárbaro que se auto-proclamou Senhor do Vale e tem uma peculiar hostilidade contra anões. Wolmad lidera um grande bando dos Pôneis Celestes, enquanto o verdadeiro chefe da tribo agoniza na Floresta da Lua ao Oeste.

Os heróis retornam a Felbarr levando consigo os espólios de batalha e os prisioneiros, bem como o cadáver inerte do malaugrym. Lá, o capitão da guarda do portão, Gothrom, cuida dos prisioneiros e de recompensar o grupo, arranjando que Talindra seja revivida sem custo pelo serviço - mas ainda têm que comprar um diamante apropriado. O ritual é agendado para dentro de poucos dias. Diante do malaugrym, Gothrom resolve chamar o clérigo estudioso Theneus. Este esclarece a Miidort, Raargh, Tirter e Trevor (os membros presentes do grupo) que os bárbaros são tão vítimas da Noite Sem Luz quanto todo o povo e lança uma zona de verdade para avaliar sua confiabilidade. Satisfeito - até certo ponto - com os resultados, Theneus revela fazer parte dos Harpistas, a organização semi-secreta que zela pela civilização e natureza do continete em iguais medidas, e os chama para uma séria conversa confidencial.

"...Para falar a verdade, os Harpistas vêm estado de olho em vocês há algum tempo... não confiamos plenamente em vocês, mas o suficiente para lhes revelar um pouco do que realmente está acontecendo no mundo... Shar, a deusa das trevas, tem estado... digamos, muito empolgada ultimamente... Não sabemos exatamente o que ela tem feito, mas na Noite Sem Luz o poder dela subitamente cresceu muito. Nessa mesma noite, nosso mundo foi invadido por forças do Plano de Energia Negativa e também do Plano das Sombras... Muitos cadáveres se levantaram, espíritos malignos surgiram em decorrência da energia negativa. Além disso, nosso plano e o plano das sombras se aproximou muito, e criaturas de lá surgiram aqui... O que certamente explica o malaugrym. Os mortos-vivos que ficaram expostos ao Sol ao amanhecer padeceram, mas os que se mantiveram nas sombras sobreviveram. Como podem deduzir, a maioria dos que surgiram no Underdark ainda caminha.

"Mas isso não é tudo, aparentemente mortos-vivos que já existiam antes desse fenômeno ganharam poder nessa noite! Silverymoon, e talvez outras grandes cidades com as quais ainda não tivemos contato, foram atacados em massa por hordas de mortos-vivos liderados por liches e até dracoliches! Por sorte, Silverymoon tem proteções mágicas inacreditáveis, e as forças da Alta Senhora Alustriel e do Alto Mago Taern Hornblade eliminaram o ataque, mas os liches e dracoliches sobreviveram e conseguiram escapar.

"É claro que até agora eu só falei sobre os sintomas... a causa ainda não descobrimos. É bem provável que Shar tenha de alguma forma se unido a Velsharoon, o senhor dos mortos-vivos, e Mask, o senhor das sombras, mas mesmo nossos deuses não sabem exatamente o que aconteceu. Estão todos em alerta."

"E o que a gente tem a ver que desperte o interesse dos Harpistas nessa história toda?", pergunta Raargh. "Temos observado que vocês tem ajudado muito o povo de nossa nação. Vemos potencial em vocês, e acreditamos que poderão fazer mais pelo povo se souberem melhor o que está acontecendo." Raargh continua a indagar: "O troço eh que a gente nao tah sabendo muito mais do que a gente sabia antes.. que teve uma noite escura e que um bando de morto-vivo começou a surgir... a gente também procura saber quem tá fazendo isso, na verdade é pra isso que a gente trouxe aquela coisa horrível ali." "Eu entendo o interesse deles, Raargh...", fala Tirter, "mas, de fato, a informação não é de ajuda tão imediata a nós. Só que é de provável utilidade no futuro." Theneus explica que "Não é todo dia que se vê um grupo aventureiro forte como o de vocês... e até agora tudo indica que vocês tenham boas intenções, pelo menos a maioria de seu grupo. Logo, esperamos contar com sua cooperação."

"Na verdade", comenta Miidort, "estamos meio perdidos... tudo comecou muito estranhamente e acabamos parando aqui meio sem querer, seguindo caravanas e interesses pessoais....", enquanto que Tirter comenta que "Ao menos não precisamos mais procurar saber o que houve naquela noite. Apenas ajudar os vilarejos" e deixa claro que "Cooperaremos conforme for nossa vontade. Eu pretendo combater esse mal, seja em cooperação ou não com os Harpistas." Trevor oferece sua ajuda de bom grado. "Tá, e ae?", continua Raargh, "que que EXATAMENTE querem os Harpistas da gente?" Theneus responde que "No momento, pouco... fiquem de olhos e ouvidos abertos para problemas com mortos-vivos e com os adoradores de Shar, Mask e Velsharoon... é bem provável que também o Culto do Dragão esteja envolvido até o pescoço nisso. Gostaríamos que investigassem qualquer coisa que venham a descobrir. Serão contatados em algum momento e poderão reportar o que tiverem descoberto, se for o caso. Não se preocupem em como serão contatados... só queríamos saber até que ponto podemos contar com vocês e deixá-los mais a par da situação."

 "Certo", responde Raargh, " eu pretendo lidar com Wolmad e a tribo dos Pôneis Celestes algum dia também, tem alguma informação útil?" "Wolmad? pff... Comparado ao que deve estar acontecendo, ele é peixe pequeno... Eventualmente tropas de Felbarr, juntamente com alguns destacamentos da Legião de Prata, poderão mostrar a ele seu verdadeiro lugar. Um conselho, se forem enfrentá-los, tenham muito cuidado, e procurem agir sutilmente... vocês são fortes, mas são poucos de vocês contra dezenas deles."

Enfim, Theneus sugere que "Seria bom seguirem para Beorunna para verificar como as coisas estão indo por lá... talvez encontrem vilas no caminho que também possam ajudar. Há muitas pessoas fortes em Beorunna, mas é cercado de locais de grande malignidade, como as Árvores da Noite, o norte da Floresta da Lua, e a Espinha do Mundo... provavelmente estão precisando de toda a ajuda que conseguirem, e acredito que irá demorar para a Legião de Prata poder enviar ajuda."

O grupo passa mais quatro dias em Felbarr se organizando e esperando pelo retorno de Talindra. A arqueira elfa se emociona com o gesto de seus companheiros e começa a acreditar novamente em amizade. Os aventureiros então partem para Beorunna.

Na tarde do primeiro dia de viagem, o grupo encontra Vallen retornando a Felbarr, junto com o druida elfo Rartli e seu urso negro e águia. Vallen havia encontrado o druida moribundo na borda da floresta das Árvores da Noite ao sudeste de Beorunna, enquanto voltava da Floresta da Lua. Rartli perdeu seus companheiros rangers na floresta, enquanto investigavam o mal que a tem dominado por anos; acompanhou Vallen na esperança de conseguir a ajuda de seus amigos para retomar a investigação, ainda que sem muita pressa.

Ao anoitecer, o grupo encontra o acampamento de um bando renegado dos Pôneis Celestes de Wolmad. Coincidentemente, o bando, liderado pela ranger Fara Icehewer, também seguia para Beorunna, e resolve dividir o acampamento com os aventureiros.

Fara conta sobre uma premonição que teve em sonhos na noite anterior, o qual, combinado a vários indícios suspeitos, a fez acreditar que o bando de Wolmad, do qual fazia parte ainda que discordasse sobre os assaltos aos anões, estaria caindo sob o domínio de licantropos. Assim, reuniu os amigos que agora a acompanham e deixaram o acampamento de Wolmad. Gritos vindos de lá enquanto já haviam se afastado algumas milhas a fizeram crer que sua saída provocou atitude imediata dos licantropos, que provavelmente chacinaram ou infectaram o resto do bando e já estariam rastreando os renegados.

No meio da noite, o acampamento de Fara se torna um campo de batalha enquanto os Uthgardt tentam sobreviver ao ataque massivo dos lobisomens, com a ajuda dos aventureiros. A batalha é brutal, e caem Hansdall, Fara e vários de seus amigos bárbaros. Mas os aventureiros conseguem obliterar os lobisomens e decapitar Wolmad. Hansdall, Fara e dois bárbaros sobrevivem. Mas somente Miidort não foi mordido, então todos ingerem belladona para evitar contraírem licantropia. Administrada por Rartli, a cura é garantida para todos, e ele também ajuda todos a evitarem o efeito colateral: envenenamento.

O grupo prossegue viagem no dia seguinte. À tarde, são abordados por bandidos de estrada, aos quais derrotam facilmente. Três fogem mas outros três são capturados e Trevor resolve levá-los como prisioneiros. Trevor fica indignado com Miidort, que tentou matar um dos bandidos a sangue-frio, após já ter se rendido. Trevor pretende fazer Miidort responder à justiça logo após a viagem.

Ao meio-dia do quinto dia de viagem, o grupo chega em Beorunna.