As divindades de Faerûn estão profundamente entrelaçadas no funcionamento da ecologia mágica do mundo e nas vidas dos mortais. Personagens de Faerûn quase sempre têm uma divindade protetora. Todos em Faerûn sabem que aqueles que morrem sem ter uma divindade protetora para escoltá-los para seu julgamento apropriado na terra dos mortos passam a eternidade agonizando na Parede dos Sem-Fé, ou desaparecer nos infernos dos diabos ou nos abismos dos demônios.
A seleção de uma divindade protetora não significa que seu personagem só adora, reza e faz ofertas para uma divindade. Faerûn é um mundo politeísta, não um mundo monoteísta. Em momentos apropriados, personagens podem adorar ou prestar homenagem a quase todas as divindades, mesmo algumas que não escolheriam como divindades patronas. Por exemplo, marinheiros leais bons jamais pensariam em escolher Umberlee, a deusa maligna do oceano, como sua protetora, mas seria difícil encontrar um marinheiro que não tivesse feito sacrifício a Umberlee antes de pelo menos uma jornada, nem feito promessas a ela durante uma tempestade. Similarmente, um seguidor maligno de Mask, o deus dos ladrões, poderia fazer uma doação ao templo de Tymora, deusa da sorte, antes de um grande roubo, mesmo Tymora sendo uma deusa bondosa.
Escolher uma divindade patrona te dá contatos no mundo, particularmente se você for conhecido por servir à causa de sua divindade. Um personagem com Helm como seu protetor tem mais chances de conseguir assistência--cura oportuna, um lugar de refúgio, acesso a adivinhações e outras magias--da igreja de Helm em tempos de necessidade. Um bardo cuja protetora é Tymora poderia ter maior chance de convencer um grupo de bandidos adoradores de Tymora a falar pacificamente em vez de lutar.
O que mais interessa à maioria dos aventureiros é que um personagem que morrer sem uma divindade patrona não pode ser revivido dos mortos por nenhum meio mortal aquém de um milagre ou desejo. Quando tal personagem morre, ele é considerado um dos Sem-Fé, e sua alma é usada para formar parte da parede em volta dos domínios de Kelemvor, deus dos mortos. Ação mortal não pode reverter este destino, então a menos que os amigos do personagem consigam arranjar intervenção direta por outra divindade (ou gastar um milagre ou desejo, magias que simbolizam intervenção por outra divindade), esse personagem dificilmente voltará à vida.
Panteões e Divindades nos Reinos Esquecidos
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